Está sendo super comentada, a fusão entre as gigantes varejistas Arezzo&Co e Grupo Soma, criando uma nova potência no mundo da moda. Com um faturamento de 12 bilhões de reais e um valor de mercado estimado em 13 bilhões de reais, a nova empresa se posiciona como a segunda maior do setor, atrás apenas da Renner. E o objetivo ambicioso do grupo recém-formado é expandir para além das fronteiras brasileiras e conquistar o mercado internacional.
“Nos tornamos o maior grupo de moda da América Latina e alimentamos grandes sonhos de conquistar o mercado global”, afirmou Alexandre Birman, atual CEO da Arezzo, durante a apresentação aos acionistas na segunda-feira. Algumas marcas dos dois grupos já estão presentes em mercados internacionais, e os executivos planejam solidificar a presença das marcas brasileiras em outros países. A Arezzo, por exemplo, possui marcas como Schutz e Alexandre Birman com presença internacional, representando 10% da receita da empresa no terceiro trimestre de 2023. Já o Grupo Soma aposta no mercado internacional através da Farm Global, responsável por 8,8% do faturamento da companhia no mesmo período.
A fusão irá unir as 20 marcas da Arezzo às 14 do Grupo Soma em uma única empresa. No total, serão 34 marcas, 559 lojas, 1.520 franquias e 22 mil funcionários sob o mesmo guarda-chuva. De acordo com o comunicado das empresas, Alexandre Birman assumirá a presidência da nova gigante, enquanto Roberto Jatahy, atual CEO do Grupo Soma, ficará responsável pelas marcas femininas do grupo.
Curiosamente, ao longo dos últimos anos, tanto a Arezzo quanto o Grupo Soma têm liderado o setor da moda através de aquisições estratégicas. O Soma, por exemplo, surgiu de uma fusão entre Animale e Farm em 2010, enquanto a Arezzo adquiriu a marca de vestuário carioca Reserva em 2020. O Grupo Soma foi além ao comprar a Hering em setembro de 2021. Em uma reviravolta curiosa, no início desse mesmo ano, a indústria catarinense havia recusado uma proposta para se unir à Arezzo.
